Considerando que o núcleo é a parte mais profunda e mais importante de algo ou de alguém, minha proposta será criar uma mesa de debates com profundidade, com importância e que seja capaz de dialogar com núcleos diversos. Vamos navegar por todos os mares, caminhar por todos os campos semânticos que as palavras "Núcleo do Sujeito" nos permitem.
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Bebida nossa de cada dia
Inverno combina bem com bebidas quentes
Inverno combina com comidinhas da infância
Com cheiro de casa
Com conversas na cozinha...
Enquanto a Lenise faz uma sopa, conta uma historinha para Alice...
Se a Débora faz um bolinho de chuva, sua cozinha deve estar cheia de adolescentes barulhentos e famintos...
Na casa da Letícia é o café que aquece a casa com seu o cheiro delicioso...
Eu, aproveito o primeiro dia da estação (inverno) - que mais parece uma volta no tempo - para ensinar a Flor fazer a bebida dos justos... Não, não é porque ela está em seu primeiro encantamento (namorando) e precisa aprender... não. É porque ela já está crescida e pode mexer no fogão, e todo ser humano que deseja ser um bom anfitrião deve saber - café é acolhedor, é chique.
Receita do Pai
Engana-se quem pensa que fazer café não tem lá seus segredos.
Não pode ser "água de batata" nem forte demais.
- Então, Flor, para não errar a mão no cafezinho caseiro, a receita só pode ser esta:
Ingredientes:
- 500 ml de água (meio litro - meu pai diria)
- 04 colheres de açúcar
- 02 colheres e meia de pó de café
* Obs.: se quer maior quantidade dobre a receita
Modo de fazer:
Coloque a água para ferver
Acrescente as 4 colheres de açúcar
Quando a água levantar fervura, acrescente as duas colheres de pó de café e passe pelo coador.
O Segredo:
Segredo nº 1 - Para que tenha o gosto inconfundível do café do meu pai (café de casa) é preciso que seja feito em coador de pano (preferência flanela).
Segredo nº 2 - Será revelado aos que procurarem maria.cgraciano@hotmail.com
quinta-feira, 30 de março de 2017
FUTEBOL: HISTÓRIA E ARTE
Aproveitando
o momento das eliminatórias da Copa, quando a seleção brasileira
está exibindo sua melhor forma e nós comemoramos a classificação
para a Copa da Rússia, vamos a um dedo de prosa sobre futebol e
arte ou futebol/arte... ah, já nem sei como dissecar estas paixões,
porém quero contar uma 'história da história de um tempo que eu
quase vi'. Não presenciei, de fato, mas convivi com o
sujeito anônimo, autor de uma obra digna da imortalidade, tanto
quanto a seleção de 70.
Walter Vandervolth
é o nome dele. Sua biografia não caberia em uma postagem simples do
nosso pequeno Núcleo, por
isto, atenho-me
ao fragmento que me coube:
Surge um poema
Aconteceu
em 1970 – Brasil tricampeão mundial de futebol.
Sobre
a magia do momento, a grandeza dos feitos do Canarinho muitos
já falaram. Porém as histórias paralelas, vividas nos cantos mais
remotos do país; sobre os radinhos de pilha de ondas curtas… sobre
os apaixonados por futebol dos rincões deste Brasilzão;
sobre aqueles que – sim, conheciam cada um dos meninos do
futebol como se fossem os maiores amigos de infância; sobre estes,
não há registros.
Por
seu radinho de pilhas, Walter ouviu sobre um concurso literário
promovido pela emissora (?) (Ora, não sei qual era a emissora) –
Sim, deveria me informar, mas não agora. Agora quero apenas contar
sobre o poema de Walter Vandervolth.
Walter
se inscreveu… de longe. E escreveu… produziu com toda sua arte.
E, tal como a Seleção Brasileira de Futebol, classificou - 1º
lugar.
O prêmio
Uma pequena quantia em dinheiro, nem
foi suficiente para tratar uma tuberculose.
Quanto
ao poema, vale muito a pena publicar. Vale muito a pena ler…
O Caneco é Nosso
(Walter Vandervolth Rodrigues)
Dotô, eu sô du sertão,
Mas se vancê prestá atenção
Vai sabê que eu tomém sô
Um brasilero, de fato,
Que moro memo no mato,
Mas tomém sô sabedô
Da mais famosa conquista
Qui us nosso futibolista
Nu istrangero realizo.
'Seu' moço, eu nunca istudei,
Na verdade eu nem sei
O que é o tar de purtuguêis,
Mais na língua du sertão,
Daquilo que eu acho bão,
Eu falo pur déiz ingrêis!
Eu moro aqui nu sertão,
Num tenho televisão,
Mais tenho um véio radinho.
Foi pur ele que iscuitei,
E é pur isso qui eu sei
O qui fizero us Canarinho.
Us Canarinho qui eu falo
É a silição de “Zé Galo”
Qui foi lá prus istrangero.
Pur lá ficô muitos dia
Mais quando veio troxe aligria
Pá noventa milhão de
brasilero!
Pá falá memo a verdade,
De otos fato da cidade
Eu nem tomo sastifação.
Mais quando falava na bola
Largava inté da viola
Pá prestá mais atenção.
Aqui nesse meu ranchinho
Eu ligava o meu radinho,
Mais véio que pé de serra,
E sentado perto do fogo,
Iscuitava tudin o jogo
Do meu Brasir c'otras terra.
Pá modi trazê o caneco
Joguemo cuns tar de tcheco,
Nem dero pá cumeçá:
Fizero um gor primêro
Mais logo os nosso brasilêro
Já botaro pá quebrá.
Ficô só de quato a um.
- Era apenas o jijum
qui nóis quiria tirá!
Dispois veio a Ingraterra,
Que inventô o futibor.
Lutaro, mas num vencêro.
E agora vô sê sincero:
- Pur respeito aos inventor
Só fizemo um a zero.
Veio a Rumênia dispois,
Ganhemo de treis a dois
Sem sê preciso isforçá.
E assim us Canarinho
Ganharo o lugarzinho
Nas oitava de finar.
Veio, intão, us piruano,
Tomém entraro prus cano:
Ganhemo de quato a dois!
- Na hora eu fiquei cum dó
do brasilêro, treinadô,
Porém cumecei pensá:
“Quem mandô ele í pra lá
Pá contra nóis vim jogá??”
Chegô a vêis dus uruguaio,
- Povo bruto, papagaio!
Naquele dia eu sinti
O maió medo da vida
Puis, diz que aquela gente
atrivida
Viero uma vêis aqui,
Quebraro o boné na testa
E acabaro cum a festa
Do meu quirido Brasir
Mais dessa vêis foi furado
O papo desses marvado!
Vinguemo, sim, puis viu
só?!
Ganhemo de treis a um
E num fizemo mais um
Purque fiquemo cum dó.
Pur fim chegava a Itália
Dizeno que pra batalha
tinha sangue e muita raça.
Caíro inté na bobage
De comprá uma passage
Pá modi levá a taça.
Mais us onze de “Zé Galo”
Pisaro tomém nus calo
Dus parcêro de Mazzola.
E nu apito derradêro
Mostremo pru mundo intêro
Que somo dono da bola!
'Seu' moço, eu sô um cabôco
Que sei memo muito poco
De otas coisa da cidade.
Mais do nosso futibor
Sei quase tudo de cor.
Tudo qui eu falo é verdade.
Us garoto de “Zé Galo”…
Vancê qué vê cumo eu falo
O nome de todos ele?
- Félix jogano nu gor,
Mostrô seu grande valor
Êh golêro bão, aquele!!!
O nosso Carlos Arberto,
Eu já vi garoto isperto
Mais iguar aquele, inda não.
Lá no meio tava o Brito,
Sartano qui nem cabrito
Defendeno a posição.
Piazza e Everardo,
O grande Gerso,Crodoardo,
Ô garoto sensação!
Mostraro pru mundo intêro
O valor do brasilêro
Que tem amor na nação!
O Jairzinho, -Êh, criolo!!!
Fazia tamanho rolo
Quando a redonda pegava,
E naquele mexe e vira
Eu pensava qui era inté
mintira
O qui o meu radinho falava!
O minerinho Tustão,
Eu acho qui era um milhão
Qui ele divia chamá.
Puis fazê o que ele fazia,
Na raça i na valintia
Eu nem posso aquerditá.
I o criolo Pelé?!
Na verdade aquele é
U maiò du mundo intêro!
Quando gritava: - “É Pelé
Qui tá ca bola no pé”,
Eu já ficava banzêro.
Eu já ficava pensano
Qui u pirigo tava rondano
U gorzin dus estrangêro.
Quando ele arrisurvia,
A partida decidia
Em pôco mais de um sigundo.
Jogá iguar aquele homi,
Só se fô um lubisome
Qui vinhé de oto mundo.
O nosso bão Rivilino,
Eu acho qui aquele minino…
Pode sê qui eu mi ingano…
Mais, 'seu' moço, eu
discunfio
Qui aquele garoto é fio
Do nosso sertão goiano.
O cabra tinha tanta garra,
Ganhava nu peito e na marra,
Mais tinha qui saí ganhano.
Us reserva qui levaro
Arguns deles tomém mostraro
Seu valor na silição.
Us otos que num jogaro
Foi purque num pricisaro
Mais era tudo muito bão!
'Seu' moço, eu tô
sastifeito,
Puis tomém tenho o direito
Di sinti essa aligria.
Puis nessa ocasião
Nosso Brasir é cidade
misturada cum sertão
É tudo uma só famia!
Inté o nosso prisidente
Tava tomém lá presente.
- Viu só, que coisa
importante?
Nosso Brasir interinho
Era um só Canarinho
Transformado num gigante!
I agora que o Caneco é nosso,
'Seu' moço, eu inté posso
Agarantí desde já
Qui si havê oto torneio
Meu Brasir tá lá no meio
E vai botá pá quebrá.
A nossa raça valente
Vai mostrá di novamente
Qui o brasilêro num faz feio.
Qui nossa goela num seca,
E qui nóis trais a caneca,
Purque o Caneco já veio.
'Seu' moço, eu agora vô
pará.
Já tô roco de falá,
Mais antes quero dá dois
grito:
Daqui di onde me vejo,
In nome dus sertanejo
Du meu Brasir infinito…
É o grito qui ressoa
Pur noventa milhão de pessoa
Unida num só coração.
É dois viva bem vivido:
- Viva o meu Brasir quirido!
- Viva a nossa silição!
terça-feira, 7 de março de 2017
Muito antes do dia 08 de março...
Um certo Rei Salomão...
** Mulher
virtuosa, quem a achará? O seu valor em muito ultrapassa os das mais
finas jóias!
O seu marido tem plena confiança nela, e a miséria jamais chegará à sua casa.
Essa esposa exemplar faz ao seu marido sempre o bem e nunca o mal.
Escolhe a lã e o linho e com alegria trabalha com as próprias mãos.
Como os navios mercantes, ela traz de longe as provisões para seu lar.
Antes do romper da aurora, ela se levanta a fim de preparar a comida para todos os de casa e dar ordens às suas colaboradoras.
Ela sabe avaliar a conveniência de um campo agricultável e o compra com o seu salário; planta nessas terras sua própria vinha.
Dedica-se com prazer a seu trabalho; seus braços são fortes e vigorosos.
Administra com sabedoria, e seus negócios produzem lucros; mesmo tarde da noite sua lâmpada não se apaga.
Com talento e delicadeza prepara os fios de lã e de linho para tecer as roupas da família.
Coopera com os pobres e necessitados.
Quando chega o inverno rigoroso, ela não se preocupa, pois todos em sua casa têm agasalhos para vestir.
Tece cobertas para sua
cama e tem condições para se vestir de linho e púrpura.
Nas assembleias à porta da cidade, onde seu marido toma assento entre as autoridades de sua terra, ele é respeitado.
Ela produz roupas de linho e as vende, fornece também cintos de couro aos comerciantes.
Sua melhor roupa consiste de força e dignidade; é otimista em relação ao futuro!
Abre a boca com sabedoria, e sua língua sabe ensinar com bondade e paciência.
Acompanha seus servos e cuida dos negócios de sua casa sem dar lugar à preguiça.
Seus filhos fazem questão de elogiá-la e seu marido proclama suas virtudes,
“Muitas mulheres são notáveis, tu, porém, a todas sobrepujas!”
A beleza é uma ilusão, e a formosura é passageira; contudo, a mulher que teme ao SENHOR, essa será honrada!
Seja essa mulher virtuosa recompensada por seus merecimentos, e suas boas obras, proclamadas à porta da cidade!
*Provérbios 31. 10-31 - Bíblia King James Atualizada
*http://bibliaportugues.com/kja/proverbs/31.htm
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Onde você guarda seus "segredos"?
Freud concorda com o Rei Salomão: ambos afirmam que nenhum segredo conseguirá 'ser segredo' por muito tempo.
Salomão:
"Não amaldiçoes o rei nem mesmo em pensamento. (...) uma ave do céu
poderá levar as tuas palavras pelo ar, e os seres alados poderão se
encarregar de divulgar aos quatro ventos tudo o que disseste!" (Eclesiastes 10:20)
E Freud:
"Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos" (Sigmund Freud).
Falamos, sim, pelas pontas dos dedos (e como!). Já não precisamos mais que um "passarinho nos divulgue"... e o melhor de tudo é que gostamos de exposições: o que comemos, o que compramos, o que fizemos, com quem falamos... Se brigamos, se sofremos, se sorrimos, se amamos... em imagens, sons, palavras - nas linhas ou entrelinhas.
Tudo na rede. Tudo exposto ao público, com uma janela aberta para comentários.
Até que ponto isto pode ser considerado divertido, agradável ou mesmo saudável?
Até que ponto isto pode ser considerado divertido, agradável ou mesmo saudável?
Aqui no Núcleo tudo pode (nem tudo). Leiam, comentem, compartilhem, discordem, concordem. o Núcleo é nosso.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
E, o que fazer enquanto esperamos...
Vamos redescobrir Paulo Freire e sua paixão pela transformação do sujeito.
"Escolhi a sombra desta árvore para
repousar do muito que farei,
enquanto esperarei por ti.
Quem espera na pura espera
vive um tempo de espera vã.
Por isto, enquanto te espero
trabalharei os campos,
conversarei com os homens,
Suarei meu corpo, que o sol queimará;
minhas mãos ficarão calejadas;
meus pés aprenderão o mistério dos caminhos;
meus ouvidos ouvirão mais,
meus olhos verão o que antes não viam,
enquanto esperarei por ti.
Não te esperarei na pura espera
porque o meu tempo de espera é um
tempo de quefazer.
Desconfiarei daqueles que virão dizer-me,:
em voz baixa e precavidos:
É perigoso agir
É perigoso falar
É perigoso andar
É perigoso, esperar, na forma em que esperas,
porquê êsses recusam a alegria de tua chegada.
Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me,
com palavras fáceis, que já chegaste,
porque êsses, ao anunciar-te ingênuamente ,
antes te denunciam.
Estarei preparando a tua chegada
como o jardineiro prepara o jardim
para a rosa que se abrirá na primavera."
Paulo Freire
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
As armadilhas da língua portuguesa - De onde vêm as dúvidas?
Identifique o sujeito
O meu sujeito de
hoje é, deliciosamente, agridoce - no melhor sentido da palavra.
A.d.o.r.o seu
azedume vitaminado e sua doçura apimentada.
Que um dia ele viria
para o nosso Núcleo eu já sabia, mas não imaginava que fosse por
este caminho – o verdadeiro caminho do núcleo do sujeito.
Explico:
Antes mesmo de ligar
meu PC conferi as últimas mensagens do aplicativo do celular e lá
estava ele a me perguntar
sobre
concordâncias verbais, regências e
sujeitos
(omg!).
Respondi
sem demora, sem pensar, sem
maiores explicações e também sem saber que acabava de entrar em
uma polêmica
– sabatinaaa!
(Sorte a
minha que não fui pega pela armadilha da
lógica – eu e essa
péssima mania de 'ir pela lógica'
– detesto explicar
regras e teorias.)
Meu sujeito
agridoce vibrou! Ele
estava certo.
Afinal, é super
antenado ao mundo das
comunicações, bacharel em Administração, cursando Pedagogia...
E, de onde lhe veio a dúvida?
- 'Foi o moço da televisão que errou'.
- Sim, os apresentadores da TV, os âncoras dos telejornais também cometem
deslizes.
Identificar
e analisar sujeitos é uma atividade, no mínimo, instigante… seja
qual for o sujeito - na vida ou no texto.
Eu
sempre vou preferir analisar sujeitos reais, mas para quem adora
dicas e regras aqui vão as duas de que mais gosto:
1 - Sujeito: é o termo da oração do qual se declara alguma coisa. Ele possui um núcleo (palavra de valor substantivo) e geralmente algumas palavras de valor adjetivo que servem para caracterizá-lo. 2 - O verbo concorda com o núcleo do sujeito* – núcleo não vem unido a uma preposição.
*O melhor de tudo: O VERBO CONCORDA COM O NÚCLEO DO SUJEITO!
ahahahah...
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
O que fazer depois de tanta festa?
De volta ao começo...
Depois das festas, dos descansos e cansaços.Passada a primeira semana do ano novo, é hora de voltar ao mundo dos mortais.
É sempre gratificante saber que temos para onde voltar. É sempre bom lembrar que cada sujeito tem seu núcleo mas o nosso espaço - Núcleo do Sujeito - é de todos.
Sejam bem-vindos de volta às suas rotinas.
Sejam bem-vindos de volta às nossas conversas.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Em 2017...
Renove-se...
Seja você mesmo, mas não seja sempre igual.Renove-se... e seja imensamente feliz em 2017!
"Eu quero ser, Senhor amado,
Como um vaso nas mãos do oleiro.
Quebra minha vida e faze-a de novo...
Eu quero ser...
Eu quero ser um vaso novo!"
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